6.2.07

Gira-discos

É curioso como a escrita é um processo unidireccional. Desde que cheguei da Invicta passei os dias de volta de uma reportagem que entreguei ontem e, durante esse tempo, apesar de ter inúmeras ideias para dedilhar no blog, não fui capaz de utilizar um dos hemisférios do cérebro para escrever aqui e o outro para criar o artigo. Das duas uma: ou os meus miolos funcionam em registo mono, ou o esforço de caligrafia é um processo stereo.

Sexta à noite, depois de ir à Luz ver o Benfica sofrer, a Dina levou-me a jantar na Bica e a um concerto no Lounge. Gosto do Lounge, já não punha lá os pés há imenso tempo. Papel de parede rosa, uma bola de espelhos num canto do tecto, as cadeiras e os sofás em estilo sala de espera de aeroporto, regra geral bom som. E, na última visita, casa cheia para assisitir ao espectáculo.

Tocha-Pestana definem-se como um duo ligeira de música electropimba. «Falha no acorde mas acerta no coração» é o lema dos rapazes. A mim, a sonoridade pareceu-me genial. Qualquer coisa entre o retro-punk, o pop-neon e a música de carrinhos de choque. Na voz, textos e efeitos está o Tocha, na guitarra, beats e hits o Pestana. Ambos com cabelos e roupagem ao melhor estilo Toni Silva, o bigodinho da praxe, a postura cantor romântico. E refrões densos: «Plástico é fantástico», «Pratico a minha fé, eu venho ao Cais Sodré», «Lisboa boa» e lírica do género. Fabuloso concerto. Obrigado, Dina.

1 comentário:

pinky disse...

electropimba! fabulástico! isso é comigo mesmo, hahahahah qd souberes de outro concerto avisa a malta, entretanto vou fazer umas pesquisas na net pode ser que descubra alguma coisita.