15.3.07

Diz que é uma espécie de alzheimer

Perdi outra vez o telemóvel. Este ano ainda não tinha perdido nenhum, mas em 2006 perdi sete aparelhos da Nokia, o modelo mais barato, claro, o que perfaz no ano passado um investimento de 350 euros em telecomunicações - e isto sem contar com carregamentos e taxas por estar sempre a pedir novas vias dos cartões.

O cúmulo aconteceu em Dezembro. Comprei um telemóvel no início do mês porque na semana anterior tinha perdido um no táxi. Dias mais tarde o aparelho desapareceu e tive que comprar outro em Aveiro - era este, o que agora perdi em parte incerta.

Dezembro é, aliás, um mês negro para os meus telemóveis. A única vez que decidi fazer um investimento mais avultado na área das telecomunicações foi para comprar um aparelho de elevado gabarito, que por acaso não tirava fotografias mas era um verdadeiro espectáculo de cor, luz, som e imagem.

Adquiri essa obra de arte no início de Dezembro de 2003, com o advento do subsídio de Natal. Levei-o para a redacção orgulhoso, a maquineta impressionava mais do que um Ferrari ou um veleiro [cabia num só bolso e no entanto era tão estridente e pimba que arrancava ohhhhs de espanto]. Durou duas semanas. Um dia, na louca esquizofrenia que pautava a labuta jornalística na revista Focus, atirei-o ao ar e ele aterrou-me em cima da mesa com o ecrã - o magnífico ecrã - partido.

Jurei para mim mesmo nunca mais comprar um telemóvel caro. Ao invés, adquiro vários a baixo custo mas, feitas as contas, é como se adquirisse todos os anos um topo de gama. Talvez fosse melhor poupar dinheiro e comprar um cérebro novo.

3 comentários:

Dia disse...

Devo comprar-te uma pochette?

F. disse...

E eu que me lembro de ver o telemóvel a aterrar!!!

Tiago disse...

essa parte do cérebro eu subscrevo.... até lanço o desafio, porque te conheço tão bem, fazer-mos todos uma vaquinha... não vás tu, para variar, achar que não vale a pena o investimento e comprares um nos saldos ou num mercado obscuro qualquer do sudoeste asiático :P