Eu até me considero um gajo de esquerda. E gozo com os gajos do Bloco, apelido-os de esquerda caviar, digo que a Meg e o Bruno é que fazem política a sério, porque vão meter-se no meio daqueles que toda a gente esqueceu. Até que subitamente [ou nem tanto] recebo o subsídio de Natal.
Comprar farpela nova, primeira missão. Andava a precisar de umas calças por isso comprei-as, juntamente com uma camisola, uns boxers e umas meias. Depois perdi-me na Fnac, comprei quatro livros e espero que ninguém mos ofereça no Natal, porque dois já foram devorados de uma ponta à outra, o terceiro vai a meio e o quarto marcha seguramente antes do Natal.
Farto de latas de atum e de ovos como base alimentar, passei no El Corte Inglés e comprei uns artigos de primeira necessidade na loja gourmet. Duas garrafas de Chaminé e uma de Vila Meã são bens que qualquer pessoa de bom gosto precisa de ter em casa, um foie gras e umas tâmaras são produtos essenciais numa cozinha sem frigorífico.
Ontem, decidido a um estilo de vida mais saudável, fui nadar em água quente para disfarçar o frio e a barriga. No fim, quando me decidia a ir para casa cozinhar o jantar - ontem estava home alone - reparei que os meus pés se encaminhavam sozinhos para a avenida de Roma. «Estranho.» Só quando entrei no Magnolia e pedia tosta mais cara lá do sítio é que percebi a minha genuína vocação de Pato Bravo. Genuína, irracional.
O que vale é que encontrei lá a Tânia e a Sara e disfarcei a fleuma com um café.
11.12.06
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3 comentários:
…e viva o subsídio de Natal, esse grande querido.
Eu também já fiz alguns devaneios com ele, é maravilhoso olharmos para a nossa conta bancária cheia de algarismos…(coisa que só acontece nalguns dias do ano).
eheheheheh
Love you
Pela minha parte, obrigada. Sinto-me tão importante e compreendida. Não és nada pato-bravo. Assim se vê é como nós precisávamos (não todos, claro) de ganhar mais: comprar roupa? livros? nadar? comer uma tosta? Sim, que luxos tão burgueses! Beijinhos e trata-bem
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