18.1.07

Prócima Estación: Esperanza

Tínhamos combinado café na Fnac, depois mudámos os planos para a Galeria K, mas ao fim da tarde acabámos no Ágito. Cenário com the famous five - Sophy, Sandra, Jordi, eu e uma botella de Quinta de Cabriz - para matar saudades e combinar revoluções. Depois o catalão maluco zarpou, a Sandra confessou um atraso e a garrafa esvaziou-se. Fiquei eu e a Sophy. «Vamos jantar?»

Ambrósio apetecia-me algo, disse ela, e percebi logo que os tascos do costume não seriam a nossa praia. Sugeri o Buenos Aires, mas a dama contra-argumentou bem: «Abriu um restaurante novo muito cool, tentei ir lá ontem e não havia mesas. Queres tentar?» Quero. Descemos até à rua do Norte e havia mesa para dois no Esperança. Queres comer o quê? Uma garrafa de Malbec, tenho saudades da Argentina.

Espaço intimista, bom atendimento, melhor comida. Gostei do Esperança, está nitdamente on the beat. Deambulámos histórias de reportagens e desamores, pelo meio de esparguete negro e da calzone. Acabou o vinho. Imperial no clube da esquina? Vamos lá. E passamos pelo Beto, claro, temos que lhe ir dar um abraço.

No momento em que entrámos no Calcutá já a sobriedade nos tinha abandonado há muito. Queres uma imperial, perguntei. Não, eu bebo da tua, e a Sophy a agarrar num talher para beber cerveja à colherada. O restaurante estava em obras, o lava loiça no meio da sala dos comensais, a dama a fingir-se de lavadeira. Depois trazem-nos um I-Pod com sonoridade indiana e oiço o comentário feliz da rapariga: «Uau! Música para aumentar a população!» Saímos umas quantas imperiais depois, vá lá que não fomos ao Oslo como de costume, para a Sophy dançar o Dancing Queen e meter conversa com senhoras de vida fácil. Zonzo, levei-a ao táxi e fiquei por momentos na rua com uma obsessão na cabeça:

Porque raio é que eu não tenho amigos normais?

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque as pessoas normais nao tem nada de especial.
HD
maravilhoso-entre-as-maravilhosas.blogspot.com