Sempre que combino café com a jovem estrela catalã da fotografia tuga - e desde que não seja ir jantar a casa de qualquer um dos dois - ele acaba por me arrastar para o sítio de sempre. A Fnac do Chiado tem, no piso de cima, uma cafeteria com janela sobre a cidade, cadeiras confortáveis, proximidade de filmes, livros e músicas.
Sexta, fim de tarde. «Pá, vamos a outro sítio, para variar», proponho. «Não achas que esse sítio bonito se adequa ao nosso estatuto de jovens intelectuais lisboetas», responde. Gargalhada. Pronto, seja, vamos lá.
Cominbamos às sete, por uma vez na vida sou pontual. Dez minutos e dois cafés depois aparece o Tiago, estava de folga. Excelente, a família reunida. Por fim, lá aparece o cromo do catalão. Pede três moscatéis, digo que não quero [ai, ai, a noite anterior]. «Ricky, se não beberes fico ofendido.» Gargalhadas, again.
Lá arranjamos lugar numa mesa, sentamo-nos a devorar cigarros e congeminar revoluções. Foi ali que combinámos todos ir para Buenos Aires, que acertámos os pormenores para os meses que vivemos juntos, que discutimos o livro que editámos, que alucinámos reportagens e viagens para Norte, para Sul ou para parte nenhuma.
A meio da discussão do próximo projecto, começa a projecção do filme «Capote», que vi há meses no cinema. O copo de moscatel termina, pedimos imperiais, e a voz fina do Philip Seymour Hoffman serve de fundo às nossas conspirações. Acertamos pormenores, avançamos datas, fervemos a cabeça com conceitos. No café da Fnac, como sempre, as ideias fluem no piso por cima das artes. E eu com esta mania de topo do mundo.
6.11.06
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4 comentários:
as ideias nascem onde tiverem q nascer e fluem comoo tiverem q fluir, claro q há sitios q são bastante isnpiradores, e de facto esse café da fnac é delicioso.
Caro amigo: (off-topic) espero que possas comparecer no jantar. Abraço.
maninho, claro que estás acima da arte. é a única maneira de olhar para ela!
aquele abraço!
esqueci-me assinar! o catalão!
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